NOTÍCIAS
No Maranhão, treinamento sobre o Sistema Nacional de Adoção atingiu 100 comarcas
23 DE JANEIRO DE 2024
A Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Maranhão (CIJ-TJMA), com o apoio da Escola Superior da Magistratura (ESMAM), concluiu em 2023 mais uma etapa do plano de capacitação permanente dos profissionais do Judiciário que utilizam e gerenciam o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). A ferramenta operacionaliza toda adoção legal no país. O aprimoramento visa adequar as informações que alimentam o cadastro de crianças, adolescentes e pretendentes em processos de adoção ou acolhimento no Estado.
Foram capacitados cerca de 180 servidores e servidoras, auxiliares dos juízes e juízas que atuam em processos relativos à matéria. O curso Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento: aplicabilidade nos casos concretos atingiu mais de 100 comarcas integradas aos pólos judiciais de Barra do Corda, Timon, Caxias, Chapadinha, Pinheiro, Bacabal, São João dos Patos, Balsas, Imperatriz, Santa Inês e na comarca da Ilha de São Luís.
Para agilizar a realização das aulas, os conteúdos foram ministrados de forma semipresencial, sendo disponibilizado parte na plataforma EAD ESMAM (a distância) e parte presencialmente, totalizando 20 horas-aula.
Atualização
Além de destacar a importância do SNA na efetivação dos processos de adoção e acolhimento, a capacitação reforça a necessidade de mantê-lo sempre atualizado e integrado para garantir que o processo ocorra com base em dados e registros mais precisos, de forma que o sistema fique saneado e o mais regular possível.
O sistema é alimentado pelas cortes estaduais, que informam diariamente os dados das adoções, destituições do poder familiar, reintegração à família de origem, acolhimentos, e outros dados relevantes.
Visibilidade
Para a desembargadora Sônia Amaral, presidente da CIJ-TJMA, a correta alimentação do sistema confere maior visibilidade às situações desses grupos. “Cabe aos tribunais de justiça promover esse aprimoramento, e o treinamento cumpre não só o que dispõe a normativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas, primordialmente, a proteção de crianças e adolescentes e a promoção de seus direitos fundamentais”, enfatiza.
Na avaliação da formadora Teresa Feitosa, servidora da CIJ- TJMA e administradora estadual do SNA, com a capacitação dos auxiliares dos juízes já é possível perceber melhora significativa nas informações disponibilizadas pelo sistema, decorrentes principalmente da correta alimentação dos dados. “Vimos isso tanto nos cadastros que já estavam informados e na fase de finalização de cadastros cujos processos encontram-se julgados. Os cursistas estão conseguindo compreender o porquê de cada ferramenta do sistema, o que possibilita a alimentação adequada”, avalia.
Conscientização
“O treinamento foi um divisor de águas em várias frentes para a nossa comarca. Além de ampliar o nosso entendimento sobre as funcionalidades do sistema, ensinou-nos sobre como auxiliar o jurisdicionado a realizar uma adoção através do SNA, tornando-nos facilitadores da conscientização na tentativa de diminuir consideravelmente a cultura de adoção direta, infelizmente ainda tão comum no interior do Maranhão”, ressalta a servidora Andressa Pereira Teixeira, da Comarca de Bacuri.
A assessora do juiz da 2ª Vara da Comarca de Araioses, Joelsa Braga, diz que a participação no curso foi imprescindível para melhor compreensão sobre como alimentar o sistema de forma diligente. “O mais importante é que desperta a consciência de que o SNA é um sistema que contém registros reais de vidas de crianças e adolescentes e de pretendentes à adoção, que aguardam ansiosamente pela resolução de suas demandas, para que possam ver atendido o anseio de viver em um lar em completude familiar”, concluiu.
Para o auxiliar judiciário, André Roberto Lopes Pereira, da 3ª Vara Cível de São José de Ribamar (Comarca da Ilha de São Luís), a capacitação permite um olhar transversal em relação ao sistema. “A vara em que atuo abrange as matéria da Infância e Juventude, então o curso é também uma oportunidade de entender como outras unidades judiciais podem contribuir com o cadastro nacional, já que é um sistema que trata de crianças em situação de risco, em situação de vulnerabilidade e que estão necessitando de uma família”, observou. .
SNA
Criado em 2019 pela Resolução CNJ n. 289, o SNA reuniu os dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e do Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA). O sistema abrange milhares de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, com uma visão global da criança, focada na ideia da proteção integral prevista na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
Fonte: TJAM
The post No Maranhão, treinamento sobre o Sistema Nacional de Adoção atingiu 100 comarcas appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Portal CNJ
No MT, projeto visa reinserir vítimas de violência doméstica ao mercado de trabalho
23 de janeiro de 2024
O corregedor-geral da Justiça de Mato Grosso, desembargador Juvenal Pereira da Silva, e o juiz auxiliar Eduardo...
Portal CNJ
Juizado da Infância e Juventude de Macapá define regras sobre festas de carnaval
23 de janeiro de 2024
Para garantir a segurança de crianças e adolescentes durante o Carnaval 2024, o Tribunal de Justiça do Amapá...
Portal CNJ
No Maranhão, treinamento sobre o Sistema Nacional de Adoção atingiu 100 comarcas
23 de janeiro de 2024
A Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Maranhão (CIJ-TJMA), com o apoio da...
Portal CNJ
Sistema Nacional de Precatórios será desenvolvido com apoio de tribunais
23 de janeiro de 2024
As experiências de tribunais no desenvolvimento de ferramentas e de sistemas de tecnologia para gestão de...
Anoreg RS
Alicerces da segurança patrimonial: a importância do Registro de Imóveis para o agronegócio no Brasil
23 de janeiro de 2024
A Anoreg/MT conversou com o conselheiro de Ética e Disciplina da entidade, e vice-presidente do Instituto de...